Um homem de 31 anos teve a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido da Polícia Civil de Agudos (13 quilômetros de Bauru), acusado de estuprar a ex-mulher. De acordo com a vítima, após o fim do relacionamento, ele passou a chantageá-la dizendo que, se ela não fizesse sexo com ele, divulgaria na internet um vídeo íntimo gravado pelo casal quando eles ainda estavam juntos.

   O delegado César Ricardo do Nascimento conta que o acusado E.M.B., 31 anos, e a vítima, de 21 anos, que não teve sua identidade divulgada, têm uma filha de quatro anos. Durante o casamento, com o consentimento dela, ele filmou uma relação sexual entre os dois utilizando o aparelho celular dele.

   Inconformado com a separação, o acusado passou a chantagear a jovem ameaçando divulgar o vídeo íntimo em páginas de relacionamento na Internet e no seu local de trabalho e repassar o material para lista de e-mails de conhecidos caso ela se recusasse a manter relações sexuais com ele.

   Com medo, em quatro ocasiões – três delas em moteis de Bauru e uma na casa de E.M.B. - a vítima praticou sexo com o acusado contra a sua vontade. Sem saber o que fazer, e cansada das ameaças, a mulher procurou a delegacia de polícia de Agudos para relatar o fato. Ela, inclusive, chegou a fazer cópia das ameaças que ele fez em uma página na Internet.

   Após investigações, na última sexta-feira, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca na casa dele. “Ele tinha uma cópia num CD, mas, na hora em que a gente estava cumprindo a busca, ele acabou destruindo ele”, revela o delegado. O fato, de acordo com o delegado, foi fundamental para que a Justiça decretasse a prisão temporária do acusado por trinta dias.

   Na residência dele, a polícia apreendeu um computador que passará por perícia para que o arquivo do vídeo, que E.M.B. alega ter apagado, seja recuperado e anexado ao inquérito. Segundo Nascimento, o acusado, que foi conduzido à Cadeia Pública de Barra Bonita, irá responder por estupro mediante violência ou grave ameaça. A pena, nesses casos, varia de 6 a 10 anos de prisão.

Fonte: JCnet